sexta-feira, 28 de setembro de 2012



Parceria entre instituições públicas e privadas pode ser o caminho para a construção da educação profissional
A vanguarda está no mundo do trabalho. O governo está aberto a parcerias. Capacitação é fundamental.  É preciso fazer um choque de gestão. Estas foram algumas das conclusões tiradas na mesa de debates “Conexões Possíveis”, apresentado durante seminário “Construindo a Educação Profissional do Futuro”, mediado pela Editora de Educação de Zero Hora, Ângela Ravazzolo. O encontro, realizado na manhã desta quinta-feira (27), no Centro de Eventos CIEE , na capital gaúcha, foi promovido pela Amcham-Porto Alegre (Câmara Americana de Comércio) e o Centro de Integração Empresa-Escola do Rio Grande do Sul (CIEE-RS), com apoio da Escola Técnica Cristo Redentor e parceria do Grupo RBS, com a campanha “A Educação Precisa de Respostas”.

Participaram como painelistas o assessor do Departamento Pedagógico da Secretaria de Educação do RS, Fritz Rollof, o presidente da Rede Escola e ex-diretor do Instituto Parobé, Osvaldo Tietê da Silva, e do Presidente do Comitê Estratégico de Recursos Humanos da Amcham Porto Alegre e diretor de Recursos Humanos e Desenvolvimento da Marcopolo, Carlos Magni.

Conexões Possíveis

"As empresas estão convidadas para vir às escolas técnicas e profissionalizantes para dizer que perfil de profissional estão demandando. As escolas precisam oferecer cursos que dialoguem com a realidade atual, preparando o jovem, de verdade, para o mercado de trabalho do século XXI”, afirmou Rollof. O assessor colocou a secretaria de Educação à disposição das empresas interessadas, reforçando a importância da parceria entre as instituições privadas e as escolas estaduais.

Silva reforçou os pontos levantados por Rollof.  “Precisamos da integração com as empresas, pois, além do aluno, temos que levar o professor para as áreas produtivas das instituições privadas. Eles devem saber o que está acontecendo, como o mercado está trabalhando”, acrescentou. O presidente da Rede Escola trouxe um dado importante: 550 mil técnicos serão necessários no estado até 2015. “Três anos não será tempo suficiente para atendermos essa demanda”. Por isso, ele propôs uma mudança. “As escolas necessitam de um choque de gestão. As empresas são a salvação da educação técnica e profissional. Temos que estreitar as relações, atravessar a rua, trocar informações, conhecimento e experiências”, finalizou.

Magni saudou a sala cheia de pessoas interessadas em melhorar a Educação e a volta do tema à imprensa. “Quem não souber trabalhar com inovação e tecnologia estará fora. E o que mais falta no Brasil é mão de obra capacitada, preparada e qualificada, enquanto que o mercado de trabalho fica cada vez mais complexo”, comentou. O diretor de Recursos Humanos e Desenvolvimento da Marcopolo também destacou um ponto importante: “É necessário tornar mais atraente a carreira técnica. Isto também é dever das empresas”.

No primeiro painel, foi apresentada uma rodada de cases empresariais das empresas Gerdau, Stihl e Certel. A proposta do evento foi identificar oportunidades para promoção de ações integradas envolvendo empresas, governo e instituições de ensino. Encerrado com uma roda de diálogos e questionamentos com participantes, o evento reuniu mais de 100 pessoas, entre professores, diretores de escolas, supervisores educacionais, coordenadores pedagógicos, profissionais de recursos humanos, representantes de instituições de ensino, além de profissionais da iniciativa privada e do governo do Estado.

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